O mistério de sua musicalidade está em cada uma das complexas canções, compostas sem pauta nem violão. Ao chacoalhar de uma caixa de fósforos.
De onde veio tanta inspiração? Não se deve saber, somente cantar, tocar, ouvir. Tem segredos que não se revelam facilmente. Para entender a poesia de Lupicínio é preciso mergulhar profundo na inevitável desilusão do abandono: o amor e a traição indissociáveis.
“Faça um colar de sentimentos,
ponha nele a mágoa mais doída,
pense então em mim nesse momento
que estarás pensando em minha vida”
(Coquetel de sofrimento, Lupi)
O cantor e compositor Caio Martinez acompanhado por Samuel Costa (acordeon), Dúnia Elias (piano) e Nico Bueno (baixo), apresenta canções de Lupicínio interpretadas de alma inteira, sob o olhar atento de admirador. Inspirado em boemia, o repertório mescla obras conhecidas com algumas canções menos gravadas. Um espetáculo especialmente criado para mostrar um pouco mais desse sambista infinito e o seu misterioso mosaico de sentimentos.
Um brinde à dor-de-colovelo,
Por isso, “Deixa-me sofrer”.

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